lundi 21 janvier 2008

Quanto mais eu vomito
Mais vontade eu tenho de vomitar
Ninguém sabe dos meus gritos
E nem da minha forma de os expressar

E se depender de mim
Ninguém nunca vai saber
O que acaba comigo
Nunca esquece de me dizer o mísero motivo
Da minha alma ainda não morrer

Cheguei a um ponto
Que já passei da explosão
Depois disso não encontro mais solução; e nem o meu coração
Que se perdeu com a multidão, que transcendeu
Com o que havia dentro de mim
Não sei mais o que sou [ se algo restou, eu já não sei mais ]
A multidão comigo acabou
Para sempre me aboliu
De tudo que um dia eu pensei que já existiu
Mas que na realidade, há muito tempo se extinguiu

Tudo pode acontecer
Não dá para prever
Nada por aqui
Eu não vejo e nem sinto nenhuma força me impedindo de cair .
O que eu vou dizer
É o que vai fazer você pensar
Eu não consigo mais me esconder
Como faço para te reconquistar ?

Quem é você e o que você faz
Eu não quero saber
Isso já não importa, não mais
Só desejo que fiquemos em paz

Não venha me dizer que errei
E nem julgue tal nobreza
Nunca foi príncipe; nem rei
Permaneça com a sua desprezível fraqueza

A cada verso colocado pra fora
É um pedaço de mim que se vai
Eu não me importo com a hora
A cada palavra expelida é uma gota que se cai

jeudi 3 janvier 2008

Um vôo impossível é o que eu quero ter
Voar até me cansar
Não me cansarei nunca
Não mais sofrer
Esquecer de tudo de ruim
Evitar o inevitável
Fugir para sempre do indesejado inalcançável
Acabar de uma vez por todas
Comigo e com isso
Os mais importantes são os especiais
São exceções
Seres surreais
Puros, lindos, sinceros demais ...
Deixam a vontade prevalecer
Por mais inconsequentes que pareçam ser
Esses são os inteligentes
Que não terão do que se arrepender
Pois de tudo já fizeram
Não hesitaram em se obedecer
Não esqueceram do que existe dentro
Por isso não deixaram de amar
Com atitudes indescritíveis, inexplicáveis
Pessoas extremamente admiráveis
Que possuem uma coragem
Que há de assustar os ignorantes leigos no assunto
E o assunto mais instigante que há; a vida
A matéria, o inexistente também
Tudo é tão fundamental
Nada é normal
Normalidades devem ser suspensas
Não dá para se encaixar em tal padrão
A única regra deveria ser ouvir o coração
Cada um tem o seu, desconhecido
Sempre sofrendo metamorfoses imediatas
Obedecendo ao inconsciente
Assim que nasce o inconsequente .
Apague a luz e vamos nos conhecer melhor
Deixe o sol sair
Agora o mundo gira ao nosso redor
Aqui ninguém vai me ouvir
O escuro chegou
Chegue mais perto
Não pense no errado nem no certo
Me diga o que você sente
Assuma o que se passa dentro de você
Tenho pensado muito ultimamente
O seu sentimento transparece, eu já posso ver .

Quando todas as nuvens se encontrarem
O céu vai se limpar
Aberto para o ar
Livre vai estar
E se um dia perecer
Deixaremos de viver

Em você outro alguém posso ver
Não está sendo mais o mesmo
Que sempre prometeu ser

Quero esquecer o passado
E permanecer por inteiro no presente
Por mais que eu tenha mudado
Lembro dele descontroladamente

O oculto existe, insiste em me derrubar
Não sei o porque de tanta vontade
De me estragar, comigo acabar
Não sei como acontece
E mal sei explicar
Um dia ele aparece
E aliviada vai me deixar .