dimanche 31 août 2008

Realidade Inconveniente

Transformo meu rascunho em obra prima
Meu rabisco agora é arte
Expresso o que tanto me fascina
Através dessa sua face
De repente eu me sinto possuída
Pelos códigos que sou capaz de decifrar
Talvez seja essa minha sina
Talvez eu consiga suportar

O quanto me dói ser realista
É o quanto te dói o fingir
Suas idéias desprezíveis
Só farão o mundo ruir

Ninguém enxerga, ou fingem não perceber
Os fatos que tanto fazem questão de transparecer
Que o mundo é um desastre
Parece que desejam que tudo acabe
Parece que se cegam em meio à hipocrisia que chamam de vida
Não irão se cansar até a última alma ser destruída.

dimanche 24 août 2008

Possuía um olhar cego, um olhar morto - e infelizmente, nada mudaria isso. Impossível era corromper aquela barreira tão forte e fria, e tão convicta de si. Depender de outras forças, outras atuações, as coisas não deviam ser assim. Está tudo errado, tudo fora do lugar. Mas qual seria o lugar certo ? Qual seria o certo ? Qual seria o errado ? Essa terra anda muito desorganizada...
O mundo censura sem saber o porquê. A humanidade limita sua própria espécie. Tudo é decadência, tudo é tentativa que não chega até o final, até o propósito inicial. Eu não reconheço a minha pessoa, porque a cada dia se revela diferente. Não sei se sou várias ao mesmo tempo, não sei se é a minha mente querendo me confundir. Ela gosta de me tirar do lugar que me conforta. Me fazendo descobrir mais anseios, novas formas. Ela adora me desafiar. Me tirando do sério, me fazendo reconhecer que eu me descontrolo quando descubro o que é amar.
No cume do suportável vai haver a necessidade da libertação - esta que a minha mente nunca me proporcionou, só se preocupava em aprisionar o meu coração.

vendredi 8 août 2008

O único mundo verdadeiramente livre é o dos sonhos

Há de haver um dia
Sem espaço para angústias, sem melancolia.
Quando e onde tudo permanecerá na serenidade
Não se abrirão possibilidades para sangrentos e dolorosos ataques.

Há de haver um dia
Que o Sol virá a raiar
Sem exceções, ele iluminará infinitas nações
De uma só vez, carregará a plenitude
Em uma dose de sensatez.

Há de haver um dia
Quando tudo acabar
O rumo do resto a humanidade desconhecerá.
Ela desconhece a si própria.
Onde as memórias irão compartilhar dores
E os afagos farão esquecer antigos amores.