vendredi 29 janvier 2010

Eu mudei tanto, mas tanto...minha escrita enferrujou-se. Enferrujou-se assim como a minha inspiração e aquela antiga necessidade de expelir as dores e divergências tão íntimas através de palavras, ou até mesmo de gritos e choros repentinos.
Eu mudei dentro de um intervalo de tempo aparentemente longo e amplo, mas pra mim parece que foi ontem. Enxergo tão claramente o que eu era, e é tão brusca a diferença entre isso e o que eu me propus a ser agora, e vivo sendo nesse exato momento e nos últimos e próximos.
Hoje vejo em muitas pessoas o que fui ontem. Hoje vejo minha angústia tão abominável em mentes e corpos alheios – e é desconfortável e incoerente não sabê-los confortar.
Medo de ter me tornado o que até ontem me repelia completamente. Medo de ter me tornado uma conformada covarde devido às dores que já cansei de sentir. Medo de nunca mais sentir o que eu sentia antes quando escrevia tão facilmente e sutilmente.
Medo dessa fase ser apenas...um mero engano. Medo de todos os meus medos serem realidade. De repente uma nostalgia chegou a mil por hora e se apossou de mim.