Abstrações me perseguem. O vago me persegue.
Vezes vago em mim, e procuro o pingo de justificativa para tudo que cisma em acontecer aqui, na minha mente. Para tudo que surge repentinamente sobre mim, e eu preciso interpretar para não morrer engolida por essas faltas de identificações que insistem em me perseguir. É uma fome de exprimir cada detalhe passageiro, cada instante fixo. Cada inspiração, cada mastigar. Cada saborear.
É uma sede de obedecer meus instintos.
Meus instintos me instigam.
Instigações me instigam, excessivamente.
Ainda não me acostumei a viver.
Tudo é novidade, tudo é motivo de estudo, de pesquisa.
Toda descoberta, pra mim, é coisa rara, é valiosa. É única.
E quanto mais descubro, mais vejo que o mar de descobertas não tem fim. E então concluo que pretendo também não ter fim, para poder descobrir tudo.
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