dimanche 17 février 2008

As palavras viciam, me fazem delirar
Com a satisfação que é conseguir me expressar

Os céus desafiam, com as brisas surgem as ventanias
E aos poucos relembro da minha incontestável rebeldia
Porém não me arrependo
De tudo que até hoje foi feito
Tive medo, tive um forte medo de me julgarem pelos defeitos
Eu assumo o que sinto
Evito o que pressinto
Tento me imaginar querendo não protestar
Mas não é possível
Eu me imploro para tudo discordar
Eu preciso me obedecer
Não sou autoritária, mas preciso ter algum respeito comigo mesma
Não me devo satisfações
Mas faço questão das revelações
Surpreendentes, fundamentais
Eu estou ficando fora do ar
Permanecer assim é conseguir me confortar
Olhar pro céu e sentir vontade de jamais me calar
De sempre as minhas idéias defender
Por mais que os meus ideais pareçam ser contraditórios
Eu não me importo com os horários, com os falatórios
Não faz sentido viver e nunca precisar se reerguer .

.

Me avise se eu fizer o que você não quer
Ou algo que você não goste
Não sou experiente em assuntos desse tipo
Não é obrigado a se acostumar com os meus antigos cortes
Com as minhas cicatrizes, dentro de mim
Elas se refletem em você ?
Me diga .
Me diga se elas geram algo que você não possa desfrutar
Me diga porque é tão impossível assim me amar
Chegue mais perto, eu não vou morder
A não ser que você peça, a não ser que me intime
Mas eu só preciso que não me tire do seu caminho
Não me mande ir embora

Não consigo mais ser sozinha
Não consigo mais nada sem você
Me acostumou aos seus carinhos, me viciou nos seus beijos
Me diga, foi proposital ?
Acha mesmo manipular as pessoas algo normal ?
Acha que não me abalei quando você fez o que fez ?
Acha que nunca tive vontade de acabar com tudo isso de uma só vez ?
Acha que eu agüento ?
Ou será só um momento ?
Não me decepcione, não me decepcione
As coisas nunca são como parecem ser
As suas palavras e a sua expressão nunca deixarão de me amolecer
De me deixar paralisada, me sentindo em um conto de fadas
De me deixar com ataques incontroláveis de nostalgia sem você
E de plenitude ao te ter
Me beije, me tenha
Me beije, me deseje
Me beije, aprenda comigo
Me beije, me repreenda
Me beije e acabe logo com isso .
Eu nunca disse que seria fácil
Você no fundo sabia que não seria fácil
Mergulhou em pleno mar sem ao menos saber nadar
Esperando que eu te salvasse
Eu era a sua única chance
Baseou sua vida em um conturbado romance
Não vou te julgar
Não vou te negar proteção na hora em que mais precisa
Você é o meu motivo de acordar, o meu único motivo de vida
Sem você me falta o ar, me falta a graça da felicidade que antes havia escondida
Mas hoje foi descoberta
E nunca mais será esquecida
A cada dia, a cada hora isso aumenta
A cada nascer do sol a gente tenta
A gente nunca vai cansar de tentar
Estaremos sempre aí para protestar
Estaremos sempre dispostos a mudar
Sempre mudando tudo por dentro
Mergulhando em mares anônimos;
Desafiando desconhecidos;
Fazendo surgir amores platônicos;
E sempre ouvindo os rugidos
Que são contra o nosso jeito
Que só vêem os miseráveis defeitos
Que lutam contra o vento
Que pensam que amar é apenas coisa de momento
Que pensam que sabem tudo, mas no fundo precisam aprender a sentir prazer
Isso não se aprende, no fundo eles sabem
Mas não deixam transcender
Se envergonham em o dizer
Mas a verdadeira vergonha é não o assumir
A medida merecida
Fora estes
Que já saíram do caso
Que foram esquecidos até pelo acaso .

dimanche 10 février 2008

Quanto amor desperdiçado
Quanto grito não dado
Quanta explosão abafada
Quanta estrada interditada
Quanta experiência sufocada
Quanto sentimento sem saída
Isso é dor, não é vida
Quanta guerra não declarada
Quanto motivo não demonstrado
Quanto ‘não’ no caminho
Quanta crueldade nesse ninho
Quanta pobreza na riqueza
Quanta ausência em um abrigo
Quanta presença em um mendigo
Quanta ferida em um coração
Quanta dor / arrependimento em uma prisão
Quanta revolta em um protesto
Quanta coisa aproveitável em um resto
Quanta ação sem compreensão
Quanta injustiça descarada
Quanta escada sem subida
Quanto caminho sem saída
Isso é dor, não é vida
E ainda consideram a tristeza anormal
O que ainda não descobriram é que ela é fundamental .
Previsões são dispensáveis
Pessoas são amáveis
Cadeados são abertos
Órgãos trocados
Lugares não [ necessariamente ] concretos
Segredos desvendados
Atitudes precipitadas
Ações arrependidas
Casas inundadas
Pessoas bem de vida
Mágoa no coração
Remedia a paixão
Uma paz que só há dentro
Uma coisa de momento
Um desejo travado
Um crime bem planejado
Uma vida perdida
Uma outra sendo feita
Uma vontade escondida
Um medo de ser aceito
Um sentimento descoberto
Uma repercussão exagerada
Uma estrutura sem um teto
Uma vida roubada
Um amor sem carinho
Um prédio sem uma base
Um passarinho sem um ninho
Tudo não se passa de conturbada fase .
Eu quero me matar
E não quero te ouvir
Me dê um tempo comigo
Quero desse corpo sair
E novas formas experimentar
Novos sentidos aguçar
O céu não é o limite para mim
Nem tudo tem um fim
Quero com a censura acabar
E com os malditos limites
Demonstrar que só servem para atraso de evolução
E quanto as intragáveis regras;
Que elas próprias se sigam
Até o cúmulo da paciência
Não suportarão nem a sua própria essência, no cume, não mais
Elas não irão agüentar; e a única resposta será o suicídio
Assim todos estaremos libertados
Do que nos impede de voar
Do que nos impede de aceitar as diferenças
Deixará de existir o abismo
Mas enquanto houver a ignorância
Essa realidade não se tornará possível
Enquanto as pessoas se temerem; nada disso estará acessível .
Nessas rimas eu me perco
Eu saio desse mundo
Me refugio no meu beco
Os papeis de palavras inundo
Causo enchente;
Acontece no meu coração a cada momento um acidente; todos diferentes
Mas causados por você
E pelas facadas que me dá com as palavras
E com os beijos que saem do mesmo lugar
Eu preciso me erguer
Mas com o beijo se desarma qualquer ser
É uma magia que paralisa o motivo de atacar, se defender
Quem é beijado só pensa em trocar, se render
Nesse momento nem há espaço para duvidar das intenções desse ser .
Quero mandar embora essa necessidade de dormir
Meu coração me sufoca
Eu não consigo mais sentir
As lágrimas começaram a escorrer
É o meu sangue tentando cicatrizar
A dor de te perder


É incrível como tudo transparece
É incrível como tudo não tem cor
Uma hora meu pensamento adormece
E diminui a freqüência da minha dor
O sono me persegue
Mas meus olhos não se fecham
Minha consciência acessa permanece
Não sei o que a aquece
Nesse momento de aflição
A solidão procura um lugar
Dentro de mim para se alojar
De nada mais eu sei
Nenhuma exatidão
Quanta dor no coração
Quanto vazio
Quanto espaço em branco
Quanto drama, quanto pranto .

mardi 5 février 2008

Simplesmente [ ? ] cansei .

Eu cansei . Eu cansei das tristezas sem fundamento, das noites de solidão sem saber o que fazer para suprir a necessidade de assassiná-la, das madrugadas sem fim em pleno tédio angustiante, cansei de não poder suprir necessidades tão minhas . Cansei de não poder fazer o que eu quero na hora em que eu quero . Cansei da escassez de liberdade . Cansei de sentir e não poder matar de uma vez a tal saudade, de sentir o gosto da felicidade e depois ter que me despedir . De sentir o vento no corpo, o gosto de um beijo, e lembrar que aquilo um dia não vai mais existir . Cansei de relembrar as infelicidades, as eternas saudades, os abraços não dados, os beijos não encorajados, o carinho extinto, os gritos não dados por falta de coragem, cansei da vontade de não arriscar .
Cansei da idéia de não aproveitar o máximo possível . Cansei de mim mesma . Cansei de viver, mas nunca caso de amar .