Fraca. Fraca. Fraca! – pulsa e sussurra na minha mente a voz dentro de mim. Será eu parte dessa realidade?
Ou será engano tudo que ouço emergido de dentro de mim?
Não posso negar a verdade das coisas, não posso negar a verdade de mim. Mas a verdade é edificada por quem? Eu queria ser capaz de criar minha própria verdade.
Não sou forte o suficiente, é isso.
Não consigo me manter bem nem satisfeita por muito tempo, nunca consegui.
Eu que tanto julgo o ruir do mundo, estou assistindo de camarote o ruir de mim.
Minha alma tece pensamentos que latejam incessantemente e incansavelmente no mais profundo do que eu sou. E é aí que eu chego ao meu profundo, só o desespero me leva até lá. E é aí que eu chego perto de me conhecer, de saber o que me preenche de verdade.
Ora, parece tão óbvio que o que me preenche de verdade é a minha pessoa.
Mas em certos momentos descreio totalmente desse óbvio tão exato.
É que simplesmente não existe nenhuma resposta correta tão fácil, tão prática de ser pensada, de ser encontrada. Então acredito que nada seja tão óbvio quanto parece.
vendredi 27 mars 2009
Eu não queria estar sentindo isso que nem ao menos sei identificar, só suspeito do que possa ser. E do que eu ando suspeitado, não quero mesmo que seja. Quero fugir disso. Há tempos venho querendo me refugiar do mundo, mas agora eu preciso disso mais do que nunca. E preciso encontrar a saída dentro de mim – e também a entrada para ter acesso a essa saída. [...] Isso não pode acontecer. É proibido, é crime, é contra a lei, é contra tudo. É impossível. Portanto, eu vou parar de sentir isso. Há dias tenho vivido isso e fingido que tal coisa que tanto me incomoda não existe...pelo menos colocar um pouco de sinceridade para fora me melhora um pouco, alivia. E é exatamente isso que eu preciso agora: alívio, e um pouco de paz. Quero tranqüilidade, relaxamento.
Não tenho escrito ultimamente, mas é porque não quero esforçar minha mente para possibilidades que podem me machucar se forem descobertas aqui dentro. É que dentro daqui há tanta coisa ruim que pode me corroer... e me destruir aos poucos.
Eu não estava agüentando, então agora vou evitar esse desespero – esse meu desespero que já me venceu tantas vezes e que é tão resistente.
É como se fosse uma lembrança constante de um relógio dentro da minha mente, que a cada segundo faz questão de me lembrar do que pode estar crescendo aqui.
Tento não pensar, mas isso me cerca de maneira que nem meus olhos enxergam algum horizonte alternativo para tudo isso.
Daqui a pouco não vou nem ao menos saber o que move o meu coração. Antes ele estava vazio, e estava bem assim. Mas agora, depois de preenchido, vai ser difícil precisar arrancar de vez tudo que cisma em vagar nele e alimenta-lo a cada dia mais.
Talvez eu esteja enlouquecendo. Mas todos são loucos, mesmo. E isso até agora têm me consolado. Na verdade não sei de nada no momento.
Me encontro mais incerta do que o vôo de uma borboleta – elas sempre tão rápidas, imprevisíveis, devastadoras, se expandem com sutileza.
É mentira, eu não me encontro. Não me encontro nunca. Quando foi que me encontrei? E se eu me encontrar, o que acontece? Acho que só na morte talvez eu me encontre. Só sei que pela vida toda tenho me seguido louca e decididamente.
Não tenho escrito ultimamente, mas é porque não quero esforçar minha mente para possibilidades que podem me machucar se forem descobertas aqui dentro. É que dentro daqui há tanta coisa ruim que pode me corroer... e me destruir aos poucos.
Eu não estava agüentando, então agora vou evitar esse desespero – esse meu desespero que já me venceu tantas vezes e que é tão resistente.
É como se fosse uma lembrança constante de um relógio dentro da minha mente, que a cada segundo faz questão de me lembrar do que pode estar crescendo aqui.
Tento não pensar, mas isso me cerca de maneira que nem meus olhos enxergam algum horizonte alternativo para tudo isso.
Daqui a pouco não vou nem ao menos saber o que move o meu coração. Antes ele estava vazio, e estava bem assim. Mas agora, depois de preenchido, vai ser difícil precisar arrancar de vez tudo que cisma em vagar nele e alimenta-lo a cada dia mais.
Talvez eu esteja enlouquecendo. Mas todos são loucos, mesmo. E isso até agora têm me consolado. Na verdade não sei de nada no momento.
Me encontro mais incerta do que o vôo de uma borboleta – elas sempre tão rápidas, imprevisíveis, devastadoras, se expandem com sutileza.
É mentira, eu não me encontro. Não me encontro nunca. Quando foi que me encontrei? E se eu me encontrar, o que acontece? Acho que só na morte talvez eu me encontre. Só sei que pela vida toda tenho me seguido louca e decididamente.
vendredi 9 janvier 2009
Estou aqui na tentativa
De parir um poema
Pode ser da minha inspiração já estar falida
Pode ser o hoje da minha mente
O que ontem se ausenta.
Estou tentando
A fim de descrever
Esse mundo, essas estrelas
Estou casando paisagens
Que vontade de acender
O que ainda resta nesse meu ser.
Em meio a pinceladas de ilusão
Talvez ainda haja respeito
Perdido nessa imensidão
Nesse medo de ser aceito
Nesse receio de arriscar
O que nos resta
É mergulhar em mares desconhecidos.
Nos mares aqui de dentro
Ultimamente o que me ocorre
São correntes de inspiração
E certas dores que paralisam minhas pernas
E as impedem de andar
Em meio ao infinito
Que é o horizonte
Em meio ao azul envolvente
Que é o mar.
Borbulhando inspiração.
Que vontade de repetir as doses
Que hoje é o que me impedem de cair
Que vontade de voltar no tempo
De repetir os acordes
Da canção composta de momentos tão serenos
Ao mesmo tempo tão intensos.
E puros, e lindos, e seguros.
Que saudade urgente.
Que a cada lágrima faz questão de me lembrar
Da ausência que até hoje está em mim a sangrar.
Que vontade de viver mais mil vezes os momentos
Que eu nunca hei de esquecer.
A vida que surpreende é a mesma que arranca a felicidade numa fração tão acelerada de tempo que as vezes nem resta consciência para ser capaz de dar conta de acordar.
A vida que vive é a mesma que mata.
A vida que doa é a mesma que tira.
A vida que chora é a mesma que sorri.
A vida que sangra é a mesma que estanca.
A vida que é cruel é a mesma que ilude.
De parir um poema
Pode ser da minha inspiração já estar falida
Pode ser o hoje da minha mente
O que ontem se ausenta.
Estou tentando
A fim de descrever
Esse mundo, essas estrelas
Estou casando paisagens
Que vontade de acender
O que ainda resta nesse meu ser.
Em meio a pinceladas de ilusão
Talvez ainda haja respeito
Perdido nessa imensidão
Nesse medo de ser aceito
Nesse receio de arriscar
O que nos resta
É mergulhar em mares desconhecidos.
Nos mares aqui de dentro
Ultimamente o que me ocorre
São correntes de inspiração
E certas dores que paralisam minhas pernas
E as impedem de andar
Em meio ao infinito
Que é o horizonte
Em meio ao azul envolvente
Que é o mar.
Borbulhando inspiração.
Que vontade de repetir as doses
Que hoje é o que me impedem de cair
Que vontade de voltar no tempo
De repetir os acordes
Da canção composta de momentos tão serenos
Ao mesmo tempo tão intensos.
E puros, e lindos, e seguros.
Que saudade urgente.
Que a cada lágrima faz questão de me lembrar
Da ausência que até hoje está em mim a sangrar.
Que vontade de viver mais mil vezes os momentos
Que eu nunca hei de esquecer.
A vida que surpreende é a mesma que arranca a felicidade numa fração tão acelerada de tempo que as vezes nem resta consciência para ser capaz de dar conta de acordar.
A vida que vive é a mesma que mata.
A vida que doa é a mesma que tira.
A vida que chora é a mesma que sorri.
A vida que sangra é a mesma que estanca.
A vida que é cruel é a mesma que ilude.
É que às vezes é preciso extrair o máximo de prazer da vida.
É necessário, apenas.
A vida não é agora. Deixa pra depois – mesmo sabendo que o depois é incerto.
Não adianta sonhar, alimentar ilusões. Não adianta ser feliz porque não vale a pena viver mentiras. Não adianta fingir porque a alma sente o que realmente acontece. Não adianta se esconder, fugir, tecer realidades inexistentes e improváveis.
Viver é loucura. Morrer é a saída – ou não. Quem sabe?
Quem souber, me diga, por favor.
Porque isso tudo aqui têm sido só torpor...
Convulsões na minha alma ocorrem a cada momento
A cada segundo nessa tortura que é a vida
A cada sentimento que surge me surpreendendo
E eu não me conheço, eu não me conheço...
E quanto mais tento aprofundar meus conhecimentos sobre mim mesma
Mais longe da minha verdade eu fico
E quanto mais a minha mente eu tento arejar
Mais o fluxo dos sentimentos aumenta
E tudo borbulha ao mesmo tempo
E eu não tenho poder nenhum nesses momentos
Algo me domina, sem dó
Algo toma conta de mim, algo mais forte que eu
Eu perco o controle. Perco o controle que nunca tive.
É necessário, apenas.
A vida não é agora. Deixa pra depois – mesmo sabendo que o depois é incerto.
Não adianta sonhar, alimentar ilusões. Não adianta ser feliz porque não vale a pena viver mentiras. Não adianta fingir porque a alma sente o que realmente acontece. Não adianta se esconder, fugir, tecer realidades inexistentes e improváveis.
Viver é loucura. Morrer é a saída – ou não. Quem sabe?
Quem souber, me diga, por favor.
Porque isso tudo aqui têm sido só torpor...
Convulsões na minha alma ocorrem a cada momento
A cada segundo nessa tortura que é a vida
A cada sentimento que surge me surpreendendo
E eu não me conheço, eu não me conheço...
E quanto mais tento aprofundar meus conhecimentos sobre mim mesma
Mais longe da minha verdade eu fico
E quanto mais a minha mente eu tento arejar
Mais o fluxo dos sentimentos aumenta
E tudo borbulha ao mesmo tempo
E eu não tenho poder nenhum nesses momentos
Algo me domina, sem dó
Algo toma conta de mim, algo mais forte que eu
Eu perco o controle. Perco o controle que nunca tive.
É tão fácil se acostumar à vida e ser conformista. É tão mais simples fingir que não há mistério, que nada do que os sábios dizem é sério. Tão simples viver sem sentir. A frieza não dói.
Meu coração pulsa latejante, e eu não entendo o seu porquê.
Porque bate, o que procura, o que lhe falta, o que lhe machuca, o que ele clama.
As futuras batidas são tão inevitáveis, e acho que isso talvez o incomode.
As batidas sôfregas, doentes, lentas, rápidas, descompassadas. Desaprenderam o ritmo da vida. Desaprenderam o ritmo do fluxo do sangue, do fluxo das horas, das lágrimas. Tantas horas, lágrimas e sangue escorrido...Ele acabou se perdendo nesse vulcão de acontecimentos ao seu redor, ou no seu interior.
Eu não sei de que sou feita. Saber de quem nasci, para mim não significa nada.
As vezes me sinto apenas tristeza. Sou a senhora tristeza em pessoa.
Mas também sou mistura de insatisfação, angústia, melancolia... estou numa ilha e certos sentimentos me cercam. E não há saída. Por isso minhas atitudes são justificáveis, e sinceramente, se não fossem, eu não me preocuparia em perder tempo tentando me explicar.
Se existe alguém a quem devo me explicar, essa pessoa sou eu mesma.
E mesmo assim, nem isso consigo fazer, nem disso sou capaz.
As vezes sinto-me humana, acima de tudo. E isso me faz ser altamente sensível. Talvez eu seja humana demais. Humana em excesso. Mas tudo comigo é assim: ou em excesso constante e freqüente ou muito forte e altamente passageiro.
Minhas crises existenciais andam me matando. E já não dói mais. A vida já não me dói mais. Espero que a morte não seja cruel – não tanto quanto a vida já foi pra mim um dia.
Meu coração pulsa latejante, e eu não entendo o seu porquê.
Porque bate, o que procura, o que lhe falta, o que lhe machuca, o que ele clama.
As futuras batidas são tão inevitáveis, e acho que isso talvez o incomode.
As batidas sôfregas, doentes, lentas, rápidas, descompassadas. Desaprenderam o ritmo da vida. Desaprenderam o ritmo do fluxo do sangue, do fluxo das horas, das lágrimas. Tantas horas, lágrimas e sangue escorrido...Ele acabou se perdendo nesse vulcão de acontecimentos ao seu redor, ou no seu interior.
Eu não sei de que sou feita. Saber de quem nasci, para mim não significa nada.
As vezes me sinto apenas tristeza. Sou a senhora tristeza em pessoa.
Mas também sou mistura de insatisfação, angústia, melancolia... estou numa ilha e certos sentimentos me cercam. E não há saída. Por isso minhas atitudes são justificáveis, e sinceramente, se não fossem, eu não me preocuparia em perder tempo tentando me explicar.
Se existe alguém a quem devo me explicar, essa pessoa sou eu mesma.
E mesmo assim, nem isso consigo fazer, nem disso sou capaz.
As vezes sinto-me humana, acima de tudo. E isso me faz ser altamente sensível. Talvez eu seja humana demais. Humana em excesso. Mas tudo comigo é assim: ou em excesso constante e freqüente ou muito forte e altamente passageiro.
Minhas crises existenciais andam me matando. E já não dói mais. A vida já não me dói mais. Espero que a morte não seja cruel – não tanto quanto a vida já foi pra mim um dia.
Preciso confessar: sou uma fraude. Portanto, não se aproximem, não se envolvam, não gostem, não amem, não se apaixonem por mim. Permaneçam longe, para seus próprios bens.
Se eu traio a mim mesma – muitas vezes sem nem sentir – como serei fiel a alguém assim? Viver como eu realmente quero, tem sido algo inviável. E como me sinto diante disso? Ah, é muita dor, muita angústia e tristeza acoplada na alma. Estou ficando doente, talvez. Falta-me a vontade, depois desta tantas vezes ser sufocada e engolida sem antes ao menos ser ouvida.
É um mundo injusto, é um mundo habitado por seres hostis.
E como se isso já não bastasse, vivo em constante guerra com valores meus, com pensamentos, com tormentos que não param de me rodear e estão me enlouquecendo.
Se eu traio a mim mesma – muitas vezes sem nem sentir – como serei fiel a alguém assim? Viver como eu realmente quero, tem sido algo inviável. E como me sinto diante disso? Ah, é muita dor, muita angústia e tristeza acoplada na alma. Estou ficando doente, talvez. Falta-me a vontade, depois desta tantas vezes ser sufocada e engolida sem antes ao menos ser ouvida.
É um mundo injusto, é um mundo habitado por seres hostis.
E como se isso já não bastasse, vivo em constante guerra com valores meus, com pensamentos, com tormentos que não param de me rodear e estão me enlouquecendo.
Meu deus, estou altamente surpreendida ao me deparar com questões nunca antes vistas por mim. Eu não me permitia ir tão longe, mas o horizonte clama por atenção, e não vou ignora-lo.
É incrível como eu não quero e como eu me recuso a ser fantoche na mão de meus pais. Mas acontece que isso é um fato [que as vezes sinto que de nada posso fazer, nada posso modificar]. Porque nessa “relação” o poder não cabe a mim, não pertence a mim. E por mais que eu me esquive e tente ignorar tal poder, é como uma força invisível, mas que sempre age sobre mim. Eu me assusto porque o que vejo no momento é que quanto mais tento me libertar, mais sou puxada para o lugar inicial em que eu estava – e estar ali, naquele lugar, tanto me incomodava. Por isso o desejo incessante pela mudança. A mudança que nunca fui capaz de dirigir. A mudança que fazia pouco caso do meu caso, que não se importava.
É como uma corrente...que quanto mais longe consigo ficar do centro – e esse centro me permite ir pra bem longe dele – até a hora em que sou puxada de volta com toda força, e toda agressividade, é como um choque que não cria reflexos no corpo, mas na alma. Não é bobagem eu querer me expressar. Aliás, não só quero como sinto necessidade. Se fosse só uma vontade qualquer, talvez eu nem estaria fazendo o que estou fazendo agora. A necessidade é mais forte que a vontade, pois a necessidade clama, implora por devida atenção. A necessidade é urgente. Já a vontade, - por vezes – nem tanto.
Enfim...não estou aqui para definir a inspiração. Para expressar o que pretendo não preciso de inspiração, e sim das lembranças que estão armazenadas aqui.
Essas lembranças que se saírem de mim levam consigo um pedaço vital da minha consciência. Portanto, não posso muda-las, preciso me acostumar com elas.Estou arrepiada, não sei o porquê. Talvez eu nunca tenha chegado tão próxima do meu desejo de exprimir e excretar coisas tão infernais que vagam e freqüentam com certo desgosto uns lugares aqui no meu peito, ou na minha mente, não sei ao certo.
É incrível como eu não quero e como eu me recuso a ser fantoche na mão de meus pais. Mas acontece que isso é um fato [que as vezes sinto que de nada posso fazer, nada posso modificar]. Porque nessa “relação” o poder não cabe a mim, não pertence a mim. E por mais que eu me esquive e tente ignorar tal poder, é como uma força invisível, mas que sempre age sobre mim. Eu me assusto porque o que vejo no momento é que quanto mais tento me libertar, mais sou puxada para o lugar inicial em que eu estava – e estar ali, naquele lugar, tanto me incomodava. Por isso o desejo incessante pela mudança. A mudança que nunca fui capaz de dirigir. A mudança que fazia pouco caso do meu caso, que não se importava.
É como uma corrente...que quanto mais longe consigo ficar do centro – e esse centro me permite ir pra bem longe dele – até a hora em que sou puxada de volta com toda força, e toda agressividade, é como um choque que não cria reflexos no corpo, mas na alma. Não é bobagem eu querer me expressar. Aliás, não só quero como sinto necessidade. Se fosse só uma vontade qualquer, talvez eu nem estaria fazendo o que estou fazendo agora. A necessidade é mais forte que a vontade, pois a necessidade clama, implora por devida atenção. A necessidade é urgente. Já a vontade, - por vezes – nem tanto.
Enfim...não estou aqui para definir a inspiração. Para expressar o que pretendo não preciso de inspiração, e sim das lembranças que estão armazenadas aqui.
Essas lembranças que se saírem de mim levam consigo um pedaço vital da minha consciência. Portanto, não posso muda-las, preciso me acostumar com elas.Estou arrepiada, não sei o porquê. Talvez eu nunca tenha chegado tão próxima do meu desejo de exprimir e excretar coisas tão infernais que vagam e freqüentam com certo desgosto uns lugares aqui no meu peito, ou na minha mente, não sei ao certo.
Somos a espécie que possui maior diversidade. Somos a mais ampla, a mais extensa espécie que há. Não é fascinante? Somos tão frequentes e ao mesmo tempo raros. Somos escassos e constantes. A vida pode não ser imortal, mas é um privilégio infinito. Faz-se altamente delicada, inexata, inconseqüente e ingenuamente. Tão inocente... E repentinamente torna-se perigosa e hostil, traiçoeira. Não se pode confiar. Não se pode confiar na própria vida: ela trai sem nem sentir o “erro”.
Às vezes tão sensível que é capaz de deduzir e decifrar ventos, gostos e sensações de maneira sutil e satisfatória. Às vezes tão insensível que é incapaz de sentir seu fim. A vida é realmente incrível. Vive em contradição infinita consigo mesma. Pode ser eterna enquanto se perpetua. E pode nunca ter existido: dá-se perfeitamente para possuir uma vida e jamais usá-la de fato. É um mistério que para ser desvendado talvez seja necessário viver inúmeras vezes e mesmo assim, nunca é garantia a certeza do íntimo desse mistério. Ele é visivelmente abstrato e invisivelmente concreto.
Às vezes tão sensível que é capaz de deduzir e decifrar ventos, gostos e sensações de maneira sutil e satisfatória. Às vezes tão insensível que é incapaz de sentir seu fim. A vida é realmente incrível. Vive em contradição infinita consigo mesma. Pode ser eterna enquanto se perpetua. E pode nunca ter existido: dá-se perfeitamente para possuir uma vida e jamais usá-la de fato. É um mistério que para ser desvendado talvez seja necessário viver inúmeras vezes e mesmo assim, nunca é garantia a certeza do íntimo desse mistério. Ele é visivelmente abstrato e invisivelmente concreto.
Inscription à :
Articles (Atom)